Charlie Chaplin - 122 anos

Nasce em Londres em 16 de abril de 1889, Charles Spencer Chaplin, que viria a ser uma lenda do cinema e o artista internacionalmente mais aclamado da primeira metade do século XX.

Chaplin, um dos mais financeiramente bem-sucedidos astros nos primórdios de Hollywood, subiu ao palco pela primeira vez quando tinha apenas cinco anos. Filho de artistas mambembes de Londres, o menino Chaplin estava assistindo a um show interpretado por sua mãe, quando a voz dela falhou a ponto de não poder emitir qualquer som. Num ímpeto, o menino montou ao palco a fim de prosseguir e terminar o ato.

O pai de Chaplin morreu quando Carlitos apenas começava a andar. Quando sua mãe teve um colapso nervoso e foi internada, Chaplin e seu meio-irmão mais velho, Sydney, vagaram sem destino por Londres, dançando nas ruas e juntando tostões num boné que estendiam após a performance. Finalmente foram recolhidos num orfanato, juntando-se mais tarde a uma trupe de dançarinos infantis, Eight Lancashire Lads (Os Oito Rapazes de Lancashire).


Com a ajuda da companhia de Fred Karno, que transformou o ‘music hall’ ao criar uma profusão de esquetes cômicos que faziam o público desatar em gargalhadas e que criou a comédia de pastelão, junto a qual seu meio-irmão já tinha se tornado um comediante popular, Chaplin, aos 17 anos, desenvolveu habilidades cômicas. Pouco demorou para que Chaplin criasse seu personagem e que se tornou uma marca registrada mundialmente consagrada: chapéu-coco, bengala, pés virados para fora, sapatos vários números maior, paletó estreito e calças largas e um característico bigodinho.

Já nos Estados Unidos, por ocasião de uma turnê da companhia Fred Karno, começou sua carreira no cinema quando ainda era um artista de vaudeville. Foi contratado pela Keystone de Marc Sennet, um dos primeiros estúdios cinematográficos. Filmou Making a Living (1914), em que desempenha um vilão bigodudo que usa um monóculo. Não demorou muito para que trabalhasse do outro lado da câmera, ajudando a dirigir seu 12º filme e dirigindo seu 13º, Carlitos e a Sonâmbula que ele mesmo interpreta.

Chaplin refinou o que viria a ser o seu legado, o personagem Charlie o Vagabundo. Assinou com a companhia Essanay em 1915 um contrato em que ganharia US$ 1,250 por semana, mais 10 mil de bônus, um enorme salto do que recebia - US$ 175 - da Keystone. No ano seguinte, firmou com a Mutual por 10 mil por semana mais um bônus de 150 mil para rodar 12 filmes anualmente, garantindo-lhe o total controle de criação sobre as películas. Em 1918, assinou com a First National por um milhão de dólares para rodar oito filmes. Chaplin resistiu à chegada do cinema sonoro. O seu primeiro filme em que acrescentou o som – Luzes da Cidade de 1931 – ele só utilizou a trilha sonora. Seu primeiro filme falado foi O Grande Ditador de 1940, no qual ridiculariza Hitler e o nazi-fascismo.

Chaplin fundou a United Artists Corporation em 1919 com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e o diretor D.W. Griffith. Chaplin, 43, casou-se pela terceira vez com Paulette Goddard, 21, com ela contracenandoTempos Modernos O Grande Ditador. Sua quarta mulher, com quem se casou em 1943, foi Oona O’Neill, filha do consagrado dramaturgo Eugene O’Neill de Uma Longa Jornada Noite Adentro, que tinha 18 anos e ele 54.

Embora tenha vivido nos Estados Unidos durante 42 anos, Chaplin nunca se tornou um cidadão norte-americano. Pacifista, foi acusado de manter vínculos com o Partido Comunista, o que negou. Apesar disso, em 1952, funcionários da imigração impediram-no de ingressar no país. O casal não retornou aos Estados Unidos nos 20 anos que se seguiram. Instalaram-se na Suíça, em Vevey, perto de Genebra, com seus 8 filhos. Chaplin regressou aos Estados Unidos em 1972 para receber da Academia Cinematográfica um Oscar especial pelo “incalculável efeito que ele produziu ao fazer do cinema a Sétima Arte, a arte deste século. Faleceu em Vevey em 25 de dezembro de 1977 aos 88 anos.

Charles Chaplin, Charlot, Carlitos simplesmente parou o mundo sem proferir, na tela, uma única palavra. Chaplin, o menino prodígio de Londres, fruto de um lar em frangalhos, tornou-se uma lenda universal do humor, do cinema, da arte. Ator e mímico genial do cinema mudo conseguiu arrancar de milhões de espectadores de todos os quadrantes do planeta, a um só tempo, sonoras gargalhadas e pungentes lágrimas. 

1 comentários:

Anônimo disse...

Gosto muito do Chaplin e sempre é interessante ler sobre ele. Adorei o post!

Aguardo sua visita no meu blog também =)
Boa noite, abraços!